É uma qualidade não se limitar, querer sempre enxergar além.
Porém, são
muitas as chances de cometer erros dentro dessa vontade de ter braços do
tamanho do mundo e querer abraçá-lo.
O que não nos torna errados,
apenas errantes.
Mas tudo bem, eu
nunca quis mesmo me fechar dentre paredes que eu já conheço, sempre quis
conhecer o universo como a palma da mão, mesmo que para isso eu tenha que
fracassar diversas vezes.
É bom quando
somos forçados a nos olhar de frente. Quando a vida coloca um espelho
enorme na nossa direção e não temos outra opção se não nos encarar. É o momento
de pensar se somos alguém que gostaríamos de conhecer ou se já não nos
reconhecemos mais.
Nós somos feito
de tudo o que não soubemos fazer. Pois, quando não sabíamos como prosseguir, moldamos
nossa personalidade decidindo para onde ir: voltar e seguir para um lugar menos
lamacento ou sacudir a poeira, repor as galochas e continuar seguindo rumo ao
que antes sonhamos.
A gente nunca
sabe quando vamos finalmente ser recompensados pelas nossas lutas, até
que somos. Você saberia reconhecer a sua recompensa? Ou estaria tão
ocupado reclamando do seu cansaço que passaria despercebido?
O entrelaço de
tudo é que devemos nos orgulhar das nossas batalhas, ainda que sejam todas
derrotas. Somos o que somos porque perdemos e agradeço por isso.
Cada gota
escorrendo no meu rosto te conta quem eu sou. Seja de suor por tanto tentar ou
lágrima por não conseguir.
Sou efeito
colateral de tudo que não soube fazer, mas continuei tentando.
Por Najara
Gomes postado no site CONTIoutra